É dia... o sol começou a brilhar.


As flores correspondem,
Graciosas parece que dançam ao sabor do vento,
Meu coração está feliz, és a minha Primavera,
Desde que te conheci são breves as tempestades,
Menos dolorosa é a dor infligida por um trovão de palavras,
Em teus braços me abrigo e neles adormeço.
No meio do mundo,
Já não procuro o que procurava,
Pois encontrei em ti o que sonhava,
No meio do mundo sou alguém,
Alguém que teve a sorte de ser diferente,
Da infelicidade da igualdade de tanta gente com falta de amor,
Mereço? Não sei... Penso que não.
Que fazem os outros para não merecer também?
Há os sem rosto, são transparentes ninguém os vê...
Se acabam por cair os palácios.
Mais depressa derrete o amor no coração do homem... que é de cera...
Obrigado por existires,
Obrigado por me amares,
Fazes que me encontre, quando me procuro,
Fazes que entre muros consiga ver o sol.

Sol que brilha sempre, mas não para todos...
Obrigado por brilhares para mim.


© Lola, Abril 2008